Só a partir de 1999 o transplante ósseo começou a ser praticado no Brasil. Em outros países onde a área odontológica está mais avançada, é um procedimento que existe desde a década de 1970.
A evolução da implantodontia, segmento da odontologia que realiza os tratamentos com enxerto ósseo, está muito evoluída atualmente. Nem sempre é possível utilizar o osso do próprio paciente. Nessas situações, recorre-se ao banco de osso para enxerto.
O procedimento é semelhante ao banco de sangue ou de órgãos. Os ossos mais comuns para o transplante são os da tíbia e do fêmur, que têm corticais mais espessos e volumosos, o que facilitam o enxerto e a regeneração.
O óbito do doador deve ser comunicado o mais rápido possível, pois assim como os outros órgãos doados, há um prazo para que os ossos não se deteriorem, que varia de 6 a 12 horas. Existe equipes especializadas e preparadas para agir, tão logo é comunicada.
SAIBA MAIS SOBRE ENXERTOSAssim que ocorre a captação, o material é levado para o banco de osso para enxerto. Lá é limpo e cortado em pequenos blocos e guardados sob refrigeração em hidrogênio líquido que o mantém a -80 ºC.
Esses pequenos ossos são transplantados aos pacientes. Na verdade, a implantação deles estimula o osso do próprio paciente a se regenerar, ativando o processo natural. O número de banco de osso para enxerto no Brasil se resume a três: a do Hospital Albert Einstein, a do Hospital das Clínicas em São Paulo e o da Universidade de Marília (UNIMAR). Somente os dois últimos citados fornecem ossos para a odontologia.
O Ministério da Saúde regulamentou o uso do banco de osso para enxerto para implante dentário em 2005, ou seja, há pouco tempo. O próprio ministério, juntamente com o Sistema Nacional de Transplantes são responsáveis por cadastrar e credenciar um banco de osso para enxerto. Eles regulam também a atividade dos profissionais que realizam os procedimentos.